terça-feira, 19 de abril de 2016

Crônica: No ônibus.

Oiii Galerinha!!!



Tudo bonzinho com vocês ?
Comigo ta tudo xuxu beleza, andei pensando seriamente em voltar a postar textos... tenho um blog literário para isso mas o bixinho ta tão desativado e não sei se quero voltar, estava pensando em deixar tudo por aqui mesmo, o que acham? Pensando nisto vou deixar aqui um pequeno texto escrito sei lá quando...




- Bloco de notas 

Olá, é terça-feira e estou tentando me concentrar na minha leitura matinal na viagem dentro do 664. 
Estou entrando no mundo da Nastya, ah ela é uma personagem no livro que estou lendo, super concentrada ouvindo música da minha playlist "músicas para leitura". Quando fui abruptamente trazida de volta a realidade por um senhor, cabelos brancos bem cortados, barba muito bem feita e cheirava a alfazema, ele simplesmente queria saber as horas - São seis horas e quarenta minutos senhor - 
Ele agradece e fica quieto. abaixei o volume da minha playlist e continue minha leitura. pouco tempo depois ele olhou para mim, estava de cabeça baixa mas minha visão periférica esta bem e percebi que ele estava me acompanhando, levantei a cabeça e dei um meio sorriso educado e o senhor sorrio de volta, ele com sua educação magnifica fez um sinal para eu retirar os fones, assim fiz e ele falou - desculpe-me te atrapalhar na sua viagem, mas posso saber qual o titulo do livro. É que você esta tão concentrada, parece esta em outro mundo e isso me fez lembrar quando encontrei o Joana. - Fiquei meio paralisada, fechei o livro e falei o titulo do livro lhe mostrando a capa e não poderia ser diferente com meu jeito espontâneo logo depois perguntei quem era a tal Joana. 
Ele sorriu e fez cara de quem via passar um filme em sua cabeça e falou - Joana é minha esposa, estou com ela a 57 anos e a conheci assim... Ela sentada próximo a janela de um ônibus indo para Paraíba, e  ela estava radiante com um livro que nem notou que sentei ao seu lado. Mas acredita que nem conseguir perguntar as horas para ela como fiz com você mocinha? é... como vocês hoje em dia diz, "ela nem me deu bola". Eu ri meio sem jeito, mas foi engraçado a forma que ele citou "vocês falam" deu vontade de dizer "ôh vô nem se fala mais isso, hoje em dia é: deixou no vácuo" mas apenas ri e ele riu junto e continuo falando sua história.
- Fui visitar uns parentes, desci do ônibus e ela continuo lá dentro, achava que nunca mais iria encontrar com ela, mas sabe o destino? ele te surpreende. Advinha quem ficou na mesma pousada que a minha? Ela, mas não como eu que estava apenas como hospede, a pousada era dos pais dela. Depois de um longo dia  reencontrei parada na recepção lendo novamente o seu livro, fui até ela  e perguntei se ela poderia me informar as horas. - Claro que ri e falei - é uma boa forma de puxar assunto. ele riu e continuo falando -  Ela não foi tão educada como você, ela me apontou para o relógio que estava bem atrás de mim, fiquei com cara de tacho agradeci e fui embora, triste por ela nem ter me reconhecido do ônibus. não a vi mais durante meus 3 longos dias de estadia na pousada e já tinha desistido de tentar falar com ela novamente. Viajei para o interior da Paraíba para visitar meus parentes e voltei para cá, mas o destino sorriu para mim. Estava sentado já na minha janela quando vejo uma moça linda, com cabelos longos e um jeito bem delicado fala ndo- posso me sentar aqui?"  O ônibus não tinha lugar marcado, dei um largo sorriso e permiti. Ela me retribuiu com um sorriso e sentou, se ajeitou pegou seu livro e entrou em seu mundo, mas fiquei quieto só olhando para ela, não demorou para ela largar o livro e perguntar meu nome e dizer "Você estava hospedado na pousada joana, tudo bem? qual seu nome?"  ela se apresentou e foi uma volta para Recife mais rápida do que de costume, foram 2 horas de conversas e são 55 anos de casamento. - Fiquei encantada com a história do senhor de cabelo branco e reguei um pouco mais a esperança de que existem amor que dure uma vida toda. - São sete horas e trinta minutos e chegou a hora de descer do ônibus. 
me despedi e agradeci por ter me contado sua história, ele sorriu e disse "Vá com Deus mocinha e não deixe de sorri e informar as horas a quem lhe perguntar, nunca se sabe quando vai encontrar o amor da sua vida" - apenas sorri e 

puxei a cordinha do ônibus e desci... 



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Poucos sabem mas o cotidiano me inspira a escrever sempre, presto atenção em todos os detalhes e descrevo tudo no velho e bom caderninho. 
tenho algumas crônicas escritas, postava sempre lá no tumblr mas parei com isso e deixei só no caderninho e estou pensando seriamente em voltar a postar algumas aqui. 
Vai depender muito do retorno de vocês, então me digam o que acham, ta bem? 


Até o próximo post!



Um Beijo
Di Nogueira 






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