Crônica: Abrindo o verbo

Oiii Galerinha!!!

Tudo bonzinho com vocês? Eu to bem de boa, ainda, não sei até quando vou ta assim, já tou me preparando psicologicamente para semana que vem quando começam as aulas, porque sei que terei muito sono e a pessoa com muito sono não fica tão bem. mas continuaremos aqui.

E hoje vamos ter mais uma crônica daquele meu caderninho.

- BLOCO DE NOTAS #3

Todos os dias tinha briga, todas as vezes que tentava amenizar e levava predada, estava cansada dessa rotina pesada de ser culpada por tudo, de ser a que não tentava dar certo. Foi quando abrir o verbo e joguei tudo que estava entalado, disse mesmo sem dó nem piedade. (...)

Peguei meu livro, um casaco porque já estava de noite e estava frio, fiz carinho no scobi e bati porta. 

Não tinha a minima ideia para onde iria, estava de cabeça quente e só queria sair de perto daquele que um dia acreditei que era o meu herói, mas me enganei ele era o vilão, ele que estava fazendo guerra em meu mundo, não acredito que passei 2 anos acreditando que ele mudaria, o ser humano deveria vir com rotulo e nele escrito "pode haver mudanças no decorrer do tempo", "Não mudará em nada com o tempo", "imprestável, fique longe". Sei que posso ta exagerando mas séria bem mais fácil lidar com esse tipo de pessoa, que te jura amor em um dia e no outro quase de joga no lixo. Sai caminhando até chegar na pracinha do bairro, como era noite não tinha muito movimento, dois ou três casais, uma mãe com seu filho e um cachorrinho e um poste com a luz queimada, perfeito, tava calmo. 

Procurei um banco perto de um poste aceso para tentar ler, fiquei ali não sei quantas horas, tentei ler várias vezes mas não saia da página que tava marcada da última vez que tinha lido. Fiquei fora de orbita, por quanto tempo não sei, tentei lembrar o que eu fiz ou o que pensava mas não consigo. Fiquei fora do ar mesmo. 

Só lembro que depois levantei e caminhei para casa, tava tarde e precisava dormir e lá era minha casa também. 

Sentei no sofá, luz baixa e comecei a pensar o que fazer, não conseguia pensar muito, só imaginava quantas coisas vivi ali e estava tudo indo por água a baixo, quando ele entra na sala, pede desculpa e sai para biblioteca. Eu continue calada, estava cansada de discutir. No dia seguinte peguei o telefone, liguei para aninha, minha melhor amiga e perguntei se poderia passar uns dias na casa dela, fiz uma mala e fui. 

Deixei apenas um bilhete 

"Bom dia meu ex herói! por muito tempo tentei, lutei, e acreditei que daríamos certo, dei o meu melhor e ainda assim sou a errada da história, talvez seja mesmo, porque sempre me alertaram como você era, deveria ter desistido na nossa primeira briga, mas agora acabou. Acabou antes que eu me desgaste mais e eu que chegue ao meu fim. E por todos os momentos bons que vivemos não quero dizer apenas adeus, mas um fique bem, volto depois para buscar minhas coisas e o scobi."

E Fui... alguns dias depois, mandei mensagem avisando que estava indo buscar o scobi. Quando cheguei na minha casa, o scobi fez festa, a casa estava um pouco vazia e tinha um bilhete na porta da geladeira:

 "Boa tarde meu bem, desculpe-me por todo mal que fiz, não consigo entender que amor doentio é esse que sinto, estou indo embora, fique aqui. Talvez seja melhor o fim mesmo."

Assim, sem brigas, tudo calmo, fiquei. liguei para aninha e ela falou

"Tudo tem seu tempo, melhor acabar assim do que de uma forma pior" 

desliguei o telefone e fiquei ali na minha casa, estava tudo estranho mas estava bem. Não tinha mais guerra, não tinha mais gritaria, parecia até um sonho mas era real. Nem todo fim é tão ruim como parece. 

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Galerinha, esse é um daqueles textinhos para pensar. será que vale mesmo insistir em algo que não ta indo bem? 

Mas por hoje é só, até amanhã minhas lindezas. 

Um beijo!!!

Di Nogueira